Afinal, o que é terroir?

Afinal, o que é Terroir? Blog Wine & Cult

Você já deve ter ouvido falar a palavra Terroir, mas afinal, o que isso significa? E qual a sua importância para o vinho?

Região do Douro em Portugal

Terroir é uma palavra francesa que surgiu na Borgonha, que tem um significado muito maior do que “solo”. Ela expressa toda a qualidade, tipicidade e identidade ao vinho.


Esse termo complexo e sem nenhuma tradução específica se refere ao conjunto de fatores como topografia, geologia, drenagem, clima, microclima, castas, intervenção humana, história, cultura e tradição. Tudo isso junto e misturado em uma bela garrafa de vinho.

Conceito de Terroir – Imagem do curso online Método Wine & Cult


Para entender melhor, um bom exemplo é a região de Champagne, na França, onde são produzidos os espumantes, ou melhor os Champagnes, de altíssima qualidade e preço. Sua fama deve-se muito ao Terroir, onde as vinhas da região compartilham do mesmo tipo de solo, condições climáticas, variedades de uvas, tradição, cultura e modernidade do produtor e uma especificidade única.


O Terroir não pode ser entendido como padrão, e sim pelo conjunto dessas características aliadas a qualidade e cuidado do enólogo e produtor, que fazem a diferença no produto final.

Videiras – Terroir

A autora do livro “A Viúva Clicquot”, Tilar J. Mazzeo descreve Terroir como “uma dádiva que a terra dá à uva e que gera todo o potencial de sabores e aromas que o fruto pode expressar.” “O solo de uma vinha… até as plantas nativas que ali germinam, é mencionado com tamanho respeito que parece mágico.”
Terroir, nada mais é do que a assinatura de cada região produtora de vinhos, com seus conjuntos de fatores que influenciam o desempenho do vinhedo, a qualidade da uva colhida, as mãos do enólogo em sua fabricação e que traz a personalidade final de um excelente vinho.

Você já deve ter encontrado em lojas especializadas em vinhos, rótulos com a identificação Bordeaux, Champagne, Barolo, Chianti e muitos outros, mas você sabe o que está sendo identificado?
Para entender melhor, vamos explicar um pouco sobre Vinhos do Velho Mundo.

Vinho italiano Barolo

Os Vinhos do Velho Mundo correspondem à região da Europa, diz respeito aos países mais “antigos”, vistos como o berço dos vinhos no planeta, repleto de história e tradição.
Para eles, o principal pilar é o “Terroir”, onde junto com a região, clima e solo os produtores utilizam conhecimentos técnicos para garantir a matéria prima de qualidade.

Os vinhos refletem o local onde as uvas são cultivadas e, mesmo sendo de uma mesma casta, produzem vinhos diferentes em regiões diferentes. Por esse motivo que as vinícolas europeias cultivam determinadas castas apropriadas para determinado local, gerando vinhos com características deste território.

A ideia do Velho Mundo é que região e uva se complementam, e ao identificar o local no rótulo, subentendendo-se a casta utilizada neste vinho. Como é o caso do vinho italiano Chianti, que é sinônimo da uva Sangiovese. Outro exemplo, o vinho francês Bordeaux, onde no tinto as uvas, geralmente, serão, Cabernet Sauvignon e Merlot ou o blend com duas ou mais uva autorizadas. Já o branco serão de uvas Sémillon e Sauvignon Blanc.

Na Europa existem as Denominação de Origem Controlada, identificando uma região específica e as castas que são autorizadas no cultivo e produção. Além de obedecer a uma legislação específica que controla desde os hectares plantados até os métodos permitidos para a vinificação.

Entender de um vinho do Velho Mundo não é tão fácil, pois é necessário entender a região e saber quais as uvas produzidas por lá. Mas vamos te ajudar a desvendar esse delicioso mistério. Aguarde os próximos posts com mais dicas sobre o mundo do vinho.

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