Você já deve ter encontrado em lojas especializadas em vinhos, rótulos com a identificação Bordeaux, Champagne, Barolo, Chianti e outros denominados como Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinot Noir… ai surge a dúvida, por que esses nomes diferentes? Alguns são conhecidos pois levam os nomes das uvas, mas é os outros, do que se trata?
Para entender melhor sobre esse assunto vamos falar dos Vinhos do Velhos Mundo X Vinhos do Novo Mundo:

VINHOS DO VELHO MUNDO
Os Vinhos do Velho Mundo correspondem à região da Europa, diz respeito aos países mais “antigos”, vistos como o berço dos vinhos no planeta, repleto de história e tradição.
Para eles, o principal pilar é o Terroir, onde junto com a região, clima e solo os produtores utilizam conhecimentos técnicos para garantir a matéria prima de qualidade.
Os vinhos refletem o local onde as uvas são cultivadas e, mesmo sendo de uma mesma casta, produzem vinhos diferentes em regiões diferentes. Por esse motivo que as vinícolas europeias cultivam determinadas castas apropriadas para determinado local, gerando vinhos com características deste território.
A ideia do Velho Mundo é que região e uva se complementam, e ao identificar o local no rótulo, subentendendo-se a casta utilizada neste vinho. Como é o caso do vinho italiano Chianti, que é sinônimo da uva Sangiovese. Outro exemplo, o vinho francês Bordeaux, onde no tinto as uvas, geralmente, serão, Cabernet Sauvignon, Merlot ou blend com duas ou mais uvas autorizadas na região. Já os brancos serão de uvas Sémillon e Sauvignon Blanc.
Na Europa existem as Denominação de Origem Controlada, identificando uma região específica e as castas que são autorizadas no cultivo e produção. Além de obedecer a uma legislação específica que controla desde os hectares plantados até os métodos permitidos para a vinificação.
Entender de um vinho do Velho Mundo não é tão fácil, pois é necessário entender a região e saber quais as uvas produzidas por lá. Mas vamos te ajudar a desvendar esse delicioso mistério em outros post por aqui.

VINHOS DO NOVO MUNDO
Os Vinhos do Novo Mundo englobam a área geográfica fora do continente europeu, os tradicionais produtores dessa denominação são: Estados Unidos; Nova Zelândia, Austrália, África do Sul, Argentina, Chile, Uruguai e é claro o Brasil.
Com as navegações e colonizações europeias, vieram junto a cultura do vinho, trazendo para muitos dos países do Novo Mundo, a Vitis vinifera, que são as uvas apropriadas para a produção desta bebida. Com o passar do tempo, começou o processo de fabricação dos vinhos nessa região e os produtores para garantir uma fatia do mercado, procuraram se diferenciar da tradição cultural do Velho Mundo.
Os vinhos do Novo Mundo seguem os conceitos e regras da vinificação, mas implementaram novas tecnologias, desde o plantio, colheita até o produto final. São vinhos mais versáteis e inovadores e em geral comercializados jovens, que saem direto da vinícola pronto para o consumo.
Para facilitar a compreensão dos rótulos, destacaram na garrafa o nome da uva utilizada na fabricação e não a região vinícola, como no Velho Mundo. Consta na embalagem também, o nome do produtor e o local da fabricação.
Esses vinhos se caracterizam pelos aromas frutados, notas de carvalho mais evidentes, menor acidez e maior teor alcoólico. Muitas vezes, são produzidos a base de uma única uva, chamados de varietais.
Agora que conseguimos entender melhor a denominação de Vinhos do Velho e Novo Mundo, fica mais fácil escolher um bom exemplar nas adegas especializadas. Aguardem as próximas informações. Saúde!!
………………………………………………………..
Links relacionados:
- Post: Afinal, o que é Terroir?
- Quer saber mais sobre o Mundo dos Vinhos e ainda saber a etiqueta para eventos sociais, mesa posta e serviço do vinho? Conheça o nosso curso online Método Wine & Cult.
- Quer saber ler rótulos de vinhos com praticidade? Conheça o nosso Ebook Como Ler Rótulos de Vinhos.