SAIBA TUDO SOBRE OS AROMAS DO VINHO

Tudo sobre os aromas e sabores dos vinhos - Blog Wine & Cult

Você sabe identificar os aromas do vinho?

Os Aromas dos Vinhos

Como uma bebida feita de uva, pode ter aromas e sabores de frutas vermelhas, frutas cítricas, baunilha, canela, pão e outros?

Isso a própria ciência explica, é o resultado da transformação do açúcar natural das uvas em álcool, através da fermentação.

Essa interação das leveduras com determinada casta dá origem a componentes químicos que originam esses aromas e que podem evoluir e adquirir outros, conforme o seu processo de vinificação e de envelhecimento.

Existem 3 tipos de aromas e sabores em vinho: primários (vem das uvas), secundários (da fermentação) e terciários (surgem com o envelhecimento).

Frutas vermelhas – Aromas primários

AROMAS PRIMÁRIOS:

São aqueles que vem da própria uva e do processo de fermentação alcoólica.

Um exemplo é a pirazina, uma substância que tem na casca do pimentão verde e também na casca da e Carménère. Por isso é possível encontrar em alguns vinhos desta casta os aromas que lembram pimentão verde.

Eles variam entre as espécies das uvas e das regiões. Um bom exemplo é um vinho Sauvignon Blanc. Na Nova Zelândia tem aroma característico de maracujá, e na região do Chile, pode ter de aspargos.

Entre os aromas primários podemos encontrar:

Frutas vermelhas (morango, cereja e outros)

Frutas pretas (amora, mirtilo e outros)

Frutas cítricas (limão, laranja e outros)

Fruta verde (pera, maçã verde e outros)

Fruta tropical (maracujá, abacaxi e outros)

Fruta de caroço (pêssego, damasco e outros)

Frutas secas cozidas (uva passa, ameixa seca e outros)

Florais (camomila, violeta e outros)

Especiarias picantes (alcaçuz, pimenta preta e outros)

Ervas (lavanda, menta e outros).

Barricas de carvalho – Aromas secundários

AROMAS SECUNDÁRIOS:

São resultantes das etapas de vinificação que ocorrem após a fermentação alcoólica, como a fermentação malolática, maceração carbônica e outros.

Incluindo, o estágio em madeira antes do engarrafamento e também a permanência do vinho em contato com as leveduras mortas (borras).

Madeira: um vinho em seu período de envelhecimento pode ficar em contato com barricas de carvalho. Os fenóis, que são compostos químicos aromáticos, presentes na madeira, interagem com o vinho dando origem aos aromas como: baunilha, especiarias, café e outros;

Leveduras: do contato do vinho com as borras (leveduras mortas), surgem os aromas de pão, fermento, biscoito e brioche. Bons exemplos são os espumantes que utilizam o método Champenoise em sua fabricação, como Champagne, Cava e outros, que tem esses aromas como uma das suas características.

Fermentação malolática: esse é um processo natural que acontece no vinho (pode ser utilizado ou não, depende do estilo), onde o ácido málico é transformado em ácido láctico, dando maior textura e cremosidade à bebida. Esses aromas podem lembrar manteiga, queijo e nata.

Já falamos sobre os aromas primários e secundários do vinho. Agora vamos entender os terciários que são desenvolvidos ao longo do tempo, e esse tempo pode durar anos, como os casos de vinhos de guarda envelhecidos.

Os aromas são resultantes de compostos químicos voláteis, que evaporam. Quando degustamos vinhos e agitamos o liquido, isso faz com que o perfume seja liberado. No caso de vinhos maduros vamos encontrar:

Vinhos evoluídos/envelhecidos – aromas terciários

AROMAS TERCIÁRIOS:

Provenientes do processo de amadurecimento do vinho. Quando o vinho pronto está envelhecendo em garrafa acontece à oxidação. Isso desenvolve uma evolução dos próprios aromas, ganhando complexidade e novos perfumes, como gengibre, petróleo, mel, avelã e outros. E também, acontecem o desenvolvimento dos aromas (primários) das frutas já existentes, passando de ameixa fresca para ameixa seca, amora fresca para a amora cozida e outros.

O vinho pode ter aromas diferentes, reconhecê-los é uma questão de prática, um resgate as nossas memórias olfativas e depois, aperfeiçoar. Para ajudar nesse processo, uma dica é o kit de aromas e fazer disso uma brincadeira e aprendizado bem divertido.

Quando abrir um garrafa utilize a Roda de Aromas como guia para ajudar a identificar os aromas.

Com tantos detalhes, futuramente falaremos mais sobre o assunto. Espero que tenham gostado e aguardem novas dicas e informações sobre o mundo do vinho.

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